André de Albuquerque Maranhão
natural de CANGUARETAMA-RN, nascido em 04 de maio de 1745, foi o chefe da
REVOLUÇÃO DE 1817 NO RN (também conhecida como REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA), no RIOGRANDE DO NORTE . Foi grande proprietário rural, Cavaleiro da Casa Real, Senhor
de Cunhaú e Coronel comandante da Divisão do Sul. Era filho de André de
Albuquerque Maranhão e de Josefa do Espírito Santo Ribeiro, e pertencia a uma
das famílias mais ilustres do RIO GRANDE DO NORTE. Quando jovem, estudou
humanidades em Natal com o Dr. Antônio Carneiro de Albuquerque Gondim e depois
realizou viagens ao RIO DE JANEIRO e a
LISBOA. Era herdeiro opulentíssimo do MORGADO CUNHAÚ e, por seus relevantes
serviços, foi condecorado com o hábito de Cristo e a patente de Coronel de
Milícias a Cavalo. Possuía autoridade na Região Litoral e Agreste de Natal à
Cunhaú, região que hoje é conhecida como MICRORREGIÃO DO LITORAL SUL
Na manhã de 28 de março, André,
com sua tropa, parentes e oficiais, faz a entrada solene na capital, apoiado
pela Companhia de Linha. No dia seguinte, convocou pessoas conhecidas,
religiosas e constituiu o governo. No dia 30, chegou o reforço militar da PARAÍBA, cinquenta soldados, comandados por
José Peregrino Xavier de Carvalho. Mas, após a partida destes em 25 de Abril de
1817, enfraquece o governo de André de Albuquerque. Todos o abandonam, exceto o
padre João Damasceno, que permanece ao seu lado.
André de Albuquerque, sentado à
mesa dos despachos, viu a sua sala ser invadida pelos contra-revolucionários.
Inerte, ante a surpresa, negou-se a entregar-se e quis reagir. Mas estava só.
Sem defesa. Foi então ferido por Antônio José Leite Pinho que atingiu com a
espada a sua região inguinal. No tumulto, ainda procurando segurar a lâmina,
fere dois dedos.
André foi arrancado do governo
provisório impunemente apunhalado. Ferido, foi conduzido para a FORTALEZA DOSSANTO REIS e colocado num quarto escuro. Sem assistência, sem tratamento,
agonizou a noite inteira. Apenas recebeu do soldado Inácio Manuel de Oliveira
uma esteira para forrar o solo molhado e uma trouxa de roupa para descansar a
cabeça.
Sentindo a morte que se
aproximava, chamou o amigo, vigário da Freguesia de Natal, Feliciano José
d'Ornelhas, para dar-lhe a EXTREMA UNÇÃO.
No dia 26 de abril de 1817,
banhado em sangue, sem assistência, falece Senhor de Cunhaú, com 42 anos de idade. Pela manhã, retiraram o
corpo de André de Albuquerque que foi transportado nu, sujo de sangue
coagulado, para ser sepultado na Matriz. A Independência do Brasil acabou
acontecendo 5 anos depois, em 1822.
FONTE – WIKIPÉDIA E INTERNET